sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Independentes Dependentes


Completam-se hoje 187 anos de uma independência que em muito nos ajudou a dar os primeiros passos rumo à busca de uma identidade cívica própria, de uma personalidade política e de uma sociedade multicultural formada por brancos, negros e índios em sua essência. Difícil desafio este que nos defronta e nos provoca até os dias de hoje. Quisemos assim e assim estamos aqui, independentes, livres, donos de nosso próprio destino e de nossas vidas. Muitos dizem que ainda somos dependentes. Somos dependentes sim, dependentes de nossos esforços, determinação e vontade de avançar na direção do novo, do moderno e até mesmo do polêmico e contraditório, se assim necessário for para o bem geral de nossa nação. Pois bem, há 187 anos temos a faca e o queijo em nossas mãos. Fizemos bom uso dela e do queijo? Sim! Com certeza fizemos! Avançamos em muito no crescimento econômico-financeiro. Saímos do extrativismo de nossas riquezas naturais, passamos para o desenvolvimento e evolução da agricultura indo para a industrialização simultaneamente com o mundo. Não ficamos para trás. Fizemos o dever de casa com qualidade e precisão. Mas foi aí que erramos e continuamos errando até hoje. Esquecemo-nos de dar o toque, a assinatura, a personalização definitiva e característica de um povo que tem orgulho próprio e autoconfiança suficiente para errar e acertar em cima de seus atos e não do de terceiros.
Coisa semelhante nos acontece por aqui. Aqui mesmo em nossa Brazópolis. Somos independentes dependentes daqueles que acreditamos e esperamos que sempre decidam por nós o destinos de nossas próprias vidas. A independência está em nós e não no outro. Temos a faca e o queijo em nossas mãos aqui também. Depende apenas de nós querermos ou não avançar. Nossas vidas e nosso desenvolvimento não podem depender da ordenação e determinação externa de como devemos viver e desempenhar nossas atividades sociais, econômicas e culturais. Brazópolis sempre andou com suas próprias pernas e deve se orgulhar disto. Sempre foi referência positiva de município na região. Foi inovador em tecnologia, cultura e indústria. Politicamente sempre foi ativa, participante e determinante na eleição de presidentes, governadores, senadores e deputados. Brazópolis é terra de gente que tem vontade de crescer, mas crescer com suas idéias e ideais. Não podemos mais continuar agindo em função do externo, daqueles que nos usam e determinam nosso ritmo de crescimento e desenvolvimento. Como cidadãos e cidadãs brasileiros e brazopolenses, já temos a nossa independência, mas para exercê-la definitivamente, temos que saber dizer não na hora e no momento certo a aqueles que não agem em benefício do todo e em muitas vezes a favor do externo.
A hora é agora! A Independência é dinâmica e renovável. Se quisermos uma Brazópolis digna de nós mesmos, temos que começar a praticar intensiva e incansavelmente os valores que nos levarão ao lugar mais alto da evolução e do desenvolvimento humano. O orgulho de ser brasopolense deve ser tão grande quanto o de ser brasileiro. Temos história para nos orgulhar e para contar aos nossos amigos, vizinhos, filhos e netos. Não deixemos que esta memória se apague em função daqueles que usaram, usam e abusam de nossa boa receptividade e cordialidade. Saibamos como agir diante de situações que colocam nosso município a mercê de interesses externos. Que o espírito de independência volte a fazer parte de nossas vidas aqui em Brazópolis. Orgulhemo-nos até mesmo de nossos erros, pois será com eles que aprenderemos a ser melhores em cima de algo próprio, algo que pelo menos tentamos inventar e criar e não em cima de regras e modelos desenvolvidos para atender necessidades externas e de pequenos grupos egoístas internos.
Brazópolis, dê definitivamente o seu grito de independência hoje, 7 de setembro de 2009 para recuperar o seu passado de glória, riqueza e prosperidade!
Viva Brazópolis, Viva a Independência do Brazil!

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